No complexo cenário fiscal brasileiro, a reforma tributária emerge como um evento catalisador para remodelar estruturas econômicas. À medida que os debates sobre a reforma tributária avançam no Senado, diversos setores econômicos enfrentam uma nuvem de incerteza quanto aos impactos dessa mudança.

Dentro deste contexto de hesitações, temos as Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, fundamentais para o progresso econômico do estado do Amapá, e que particularmente estão expostas a essas dúvidas.

É consenso que a reforma tributária é necessária, principalmente por sua promessa de simplificação e unificação de impostos. Nesse sentido, carrega o potencial transformador de estimular o crescimento econômico e a geração de empregos.

Contudo, é imperativo considerar os possíveis efeitos colaterais dessa reforma, especialmente em relação aos regimes fiscais especiais que vigoram em Macapá e Santana.

A compreensão completa das alterações em curso exige uma série de simulações comparativas, que avaliem o impacto sobre empresas locais em relação às situadas em outras regiões. Com a reforma, o foco da tributação se deslocará da origem para o destino alterando significativamente o equilíbrio competitivo.

O estado do Amapá é predominantemente orientado para o comércio. Não possui uma matriz econômica diversificada que possa absorver facilmente as ondulações causadas por alterações fiscais. Isso eleva o risco de impactos desproporcionais na economia regional.

A complexidade desta questão exige uma abordagem política coordenada. Isso envolve não apenas expertise jurídica e fiscal, mas também uma compreensão abrangente das dinâmicas econômicas e sociais que essas áreas de livre comércio sustentam.

Além disso, qualquer diluição ou eliminação dos incentivos fiscais nas áreas incentivadas podem ter efeitos cascata negativos em todas os benefícios administradas pela SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus), gerando uma situação preocupante de perda de competitividade e desestímulo empresarial.

Qualquer alteração legislativa deve ser rigorosamente analisada para avaliar seus impactos em múltiplas dimensões, desde a geração de emprego e renda até o fluxo de investimentos e a competitividade internacional.

Neste cenário, o papel desempenhado pelos Senadores amapaenses, na vanguarda das discussões sobre a reforma tributária, deve ser proativo e de vigilância contínua para assegurar que os interesses do Amapá sejam devidamente considerados e protegidos durante o processo legislativo.

E como diz o ditado popular, “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.” Portanto, enquanto aguardamos os próximos capítulos desta saga, “Reforma Tributária, vale a pena manter um olho na panela e outro no Senado, pois o futuro das Áreas de Livre Comércio está mais em jogo do que nunca.

Até a próxima.