A Zona Franca Verde possui um papel importante em promover a produção sustentável, aproveitando os recursos naturais da região como matéria-prima.
Esse incentivo fiscal é um grande divisor de águas para o desenvolvimento, especialmente para o Estado do Amapá. No entanto, esse modelo de produção industrial ainda não mostrou os resultados que se esperava dele em nosso estado.
Não basta apenas encher o peito e dizer que temos grandes oportunidades, é preciso materializar o debate e deixar de lado perspectivas políticas eleitoreiras. É preciso demonstrar resultados atrativos para os empresários que valorizem os recursos naturais regionais como insumos para a produção.
Não podemos nos iludir, a Zona Franca Verde ainda não decolou. É preciso sair de um discurso utópico e partir para uma ação pragmática, que leve o desenvolvimento e promova o crescimento das terras tucujus.
Mas, afinal, como está a situação da Zona Franca Verde em Macapá e Santana?
Segundo informações requisitadas à Suframa pela lei de acesso à informação, no estado do Amapá, até o momento, apenas dois projetos industriais foram aprovados para a Zona Franca Verde em Macapá e Santana, ambos em 2017. São eles:
Verçosa Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. – EPP, para produção de preparações para alimentação de animais
Sorveteria Macapá Ltda., para produção de sorvete e sorvete solidificado (picolé)
Em outras regiões, somente dois projetos foram aprovados na Área de Livre Comércio de Boa Vista e Bonfim: AGROINDUSTRIAL SERRA VERDE LTDA e BEBIDAS MONTA RORAIMA LTDA, estas estão ativas.
Em relação as demais Áreas de Livre Comércio: ALC de Guajará-Mirim; ALC de Brasiléia/Epitaciolândia; ALC de Cruzeiro do Sul; ALC de Tabatinga, não há registros no Sistema da Suframa.
Em Macapá e Santana, ainda há muito a ser feito para que a Zona Franca Verde se torne uma realidade. É preciso ampliar e melhorar a concessão de benefícios estaduais; diversificar e qualificar a oferta de matéria-prima regional.
Indispensável promover e divulgar os produtos regionais, simplificar e agilizar os procedimentos para a aprovação e o acompanhamento dos projetos industriais e fortalecer a articulação entre os atores públicos e privados envolvidos na Zona Franca Verde.
Somente assim será possível transformar a Zona Franca Verde em uma fonte de desenvolvimento econômico e social para Macapá e Santana, beneficiando tanto as cidades quanto o Estado do Amapá.
Até a Próxima.